sexta-feira, 29 de junho de 2007

Romeo and Juliet

Juliet de Philip H. Calderon

Uma pessoa não se deve queixar quando tem trabalho... Mas quando o cérebro está prestes a explodir (talvez por falta de uso?) devido à overdose de diálogos e música que tem de memorizar de um dia para o outro, aí queixo-me! Eu sei que devia ter começado a trabalhar neste Romeu e Julieta mais cedo, mas sou daquelas pessoas que só se pode concentrar numa produção de cada vez. I'm only human....

Romeo and Juliet de Georg Benda é um singspiel lindíssimo. Mozart considerava Benda como uma das grandes influências na sua própria música e, realmente, há muitas semelhanças. Mas a história não tem grande relação com a de Shakespeare: começa depois dos dois jovens amantes se terem casado e concentra-se principalmente no drama psicológico pelo qual Julieta está a passar e que influencia o seu relacionamento com as outras personagens: a amiga Laura (que não existe em Shakespeare), o seu pai, Romeo e o padre Lawrence. O final é feliz. Na altura de Benda, finais infelizes não faziam sucesso. Julieta bebe a poção que Lawrence lhe dá, Romeo julga que ela está morta e, depois da sua triste ária, Julieta acorda e os dois cantam um dueto de júbilo pela sua re-união.

Coincidências interessantes: Benda foi baptizado a 30 de Junho (o meu dia de anos) de 1722, e a opera foi composta em 1776, duzentos anos antes do meu ano de nascimento!

1 comentário:

Raquel Alão disse...

Como tu não tens email para onde se possa escrever...

Eu sei que não nos conhecemos pessoalmente, mas gosto muito de vir cá ter, admiro-te muito pela coragem e pelas capacidades (técnicas, interpretativas, em suma, artísticas) e gostava de saber se em qualquer altura estás a pensar deitar um pulinho a Portugal. Gostava de te conhecer...

Agora vou às compras... Mas já tenho banda sonora para ouvir no carro... A cantata "Quel' leggiadro volto", de Almeida, tão bem cantada por ti... :-)

Beijinhos e boa sorte com as memorizações. Vais ver que corre tudo bem. :-)