quinta-feira, 24 de maio de 2007

Ficha técnica

The Dragon of Wantley
A burlesque opera by John Frederick Lampe (1703-1751) after a libretto by Henry Carey (1689-1743)

Performances on June 20, 22, 23 and 24

Palace Theatre, New Palace, Sanssouci, Potsdam, Germany

The Dragon - Nicholas Warden
Gubbins - Michael Bundy
Margery - Joana Seara
Mauxalinda - Tamsin Dalley
Moore of Moore Hall - Daniel Auchincloss

Akademie für Alte Musik Berlin

Musical direction: Gary Cooper
Stage direction: Jack Edwards
Stage design: Robin Linklater
Costumes: Ashley Shairp

A co-production of Musikfestspiele Potsdam Sanssouci and Opera Restor’d London

The comic opera of John Frederick Lampe, a born German, was first performed on May 10, 1737 at the Little Theatre in the Haymarket, London. An immediate sensation, it was quickly transferred to Covent Garden. It was such a success that it held the stage for nearly 50 years and thus became the most popular comic opera after the »Beggar's Opera« in 18th century England. »The Dragon of Wantley is also a great parody of the Italian operatic staging, revealing supreme mastery. It is very »English«, at the same time very »down-to earth«, and full of British humour. It can also be read as a satire on contemporary politics and moral conditions.

The Dragon of Wantley

Ilustração de Blanche McManus

"Have you not heard how the Trojan horse
Held seventy men in his belly?
This dragon was not quite so big,
But very near, I'll tell ye;
Devoured he poor children three,
That could not with him grapple;
And at one sup he ate them up,
As one would eat an apple."

retirado de The Dragon of Wantley, escrito por um poeta anónimo do século XVII.

Este texto foi a base do libretto de Henry Carey. E está a dar cabo da minha cabeça!!! Vim a descobrir (no primeiro dia de ensaios) que, para além do meu papel, também tenho de aprender os coros. Resultado: 4 dias para aprender e decorar 6 coros longos e cheios de palavrinhas chatas de cantar e difíceis de memorizar! Isto porque a nossa produção não tem Coro. Está tudo a apertar o cinto.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

quarta-feira, 16 de maio de 2007

domingo, 13 de maio de 2007

Wurst


Tanta salsicha que eu comi...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

The Edwardians

Não sei o que me deu ontem à noite, que não tinha sono. Ou foi das gambas ou do chili... Mas, felizmente, a BBC passa coisas interessantes às 4 da manhã. Integrados num ciclo de programas chamado The Edwardians, a BBC tem mostrado uma série de documentários que têm, como uma das fontes, um arquivo fotográfico de um banqueiro milionário francês, Albert Kahn. No início do século XX, este senhor mandou fotógrafos para mais de 50 países para que, utilizando a ainda muito jovem técnica de fotografia a côr, fotografassem pessoas e costumes de todo o mundo. O seu "Arquivo do Planeta" tem mais de 72.000 fotografias e cerca de 100 horas de filme datados de 1908 a 1930. Tinha o maravilhoso e ambicioso intuito de promover a paz mundial e tolerância para com os hábitos e tradições dos outros povos.

Ver o Rio de Janeiro a cores, sem favelas e com "meia dúzia" de casas coloniais, ou filmes mostrando a graciosidade e destreza das mulheres chinesas a trabalhar nos campos com os seus pés ligados, fez essas pessoas não existentes há um século tão reais e vivas que até me vieram as lágrimas aos olhos. Bom, podia ser da hora tardia...

Actores, Hanoi (Vietnam), 1915 © Musée Albert Kahn

Mulher a trabalhar, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn

Mulher e criança, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn

Na Alemanha, foram recentemente encontradas mais de duas dezenas de gravações de vozes de homens comuns, prisioneiros de guerra britânicos da 1ª Guerra Mundial, a ler textos e a cantar canções das suas terras. As suas vozes revelam, para além de pronúncias fortes com sons por vezes inesperados, algum medo, hesitação, emoção e até mesmo desafio e rebeldia. (Uma das vozes revela também uma excelente voz de tenor, quase haute-contre de tão aguda!)

Bom, isto foi o que estive a ver até às 4 da manhã. Umas horas depois fui acordada com a campaínha e perguntaram-me se, por acaso, vivia alguém aqui que falasse português. Já o ano passado foi a mesma coisa... Como é que souberam que aqui vive uma portuguesa? Mas já sei para o que é: querem falar sobre Deus. Ou são Jeovás ou de alguma igreja brasileira tipo IURD, o que é bastante irritante porque a minha "noite" de sono é preciosa!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Flores

Regent's Park, mais uma vez.




Árvores

Regent's Park de novo.




Tempo

E perguntam vocês porque é que eu estou tão obcecada com o tempo. Está bom tempo, e depois? ... hmm... Acho que estou a ficar demasiado inglesa. Todos os ingleses são obcecadas pelo tempo e esse tema deve constituir uns bons 70% das conversas. Daí que 70% do meu blog fala do tempo. Pronto.

E não há dúvida que Inglaterra, por ter muito verde, fica linda nesta altura. Onde quer que esteja em Londres, a cor verde e o colorido das flores ressalta à vista. Para dizer a verdade, nunca tinha reparado nestas coisas quando vivia em Lisboa... Lisboa precisa de mais verde!!! Não basta um jardinzito aqui ou ali. O verde deve estar nas ruas! VERDE NAS RUAS! CANTEIROS NAS RUAS! MUITOS, MUITOS, MUITOS!!!

Dia mai lindo!

Têm estado uns dias espectaculares. Aproveitando o dia de ontem, resolvi fazer a experiência de andar de minha casa ao local de ensaios da próxima ópera, só para ver quanto tempo demoraria (e se conseguiria resistir a tentação de entrar num autocarro). Sobrevivi as duas horas de caminho entre Kentish Town e Pimlico. Percorri Londres de norte a sul (dentro da zona 2)! Para a próxima, farei em menos tempo.

Acho que engordei uns quilitos, por isso penso que esta será a melhor forma de voltar ao normal. Atravesso dois parques, o Regent's Park e o Green Park, Buckingham Palace, ruas muito movimentadas como a Regent's Street ou ruas pequenas e muito posh como a New Bond Street e a zona de Belgravia. Estou muito entusiasmada, até porque os ensaios só começam às 11 da manhã e não preciso de me levantar muito cedo para me pôr a caminho.

Hoje acordo e vejo um dia ainda melhor que o de ontem! As fotografias não mostram uma vista maravilhosa, mas isto é o que eu vejo da janela do quarto e da janela da sala, no outro lado do apartamento.