terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Aleluia!

Finalmente tenho acesso ao meu próprio blog!!! Mas porque é que eu mudei para o beta?!?

domingo, 3 de dezembro de 2006

sábado, 2 de dezembro de 2006

Olhar em frente

Eu vivo precisamente a 20 minutos a pé de dois dos parques mais bonitos de Londres: Hampstead Heath, a nordeste, e Regent's Park, a sudeste. Agora que não faço nada da vida, nada melhor que passear ao fresquinho para manter a forma! Sim, os dias a vegetar em frente à (má) televisão em tom de (mini) depressão estão contados!


quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Falta de jeito


Que flores triangulares são estas? Nunca vi tal coisa...
Recebi o maior ramo de flores da minha vida. Tive que o dividir em duas jarras e fiz um trabalho bem deficiente - não tenho o mínimo jeito... Cheguei a casa à meia-noite e deitei-me às tantas por causa disto.



Pode parecer insignificante, mas demorei duas horas a fazer esta porcaria!!!

Mais uma foto

Eu e a Rebecca Ryan, no papel de Angelica. O design é da Cordelia Chisholm.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Primeira noite

Após contratempos, ensaios de palco praticamente não-existentes e alguns nervos, as flores estão finalmente numa jarra e os pés em cima da mesa em frente ao sofá. Mais duas récitas e a coisa fica feita.

As primeiras fotografias às minhas extensões:


sábado, 28 de outubro de 2006

Orlando II

As récitas aproximam-se a passos largos. Era bom que os encurtassem porque ainda há muito trabalho a fazer!

Recital em Oxford


No passado dia 24, voltei a Oxford e à Holywell Music Room que, segundo consta, é a sala de concertos construída de propósito para esse efeito mais antiga da Europa e talvez do mundo! Foi aberta em 1748 e Handel também por lá passou. Desta vez, dei um recital integrado no Oxford Lieder Festival, acompanhada pelo meu colega e amigo (e director musical do Festival) Sholto Kynoch. Nada como ter amiguinhos destes, que nos põem lado a lado com pessoas como Felicity Lott, Susan Gritton, Sophie Daneman, Adrian Thompson, etc...! O serão foi passado em inglês e italiano: Purcell com arranjos de Britten e o ciclo de Walton A Song for the Lord Mayor's Table, na primeira parte; canções italianas de Schubert, o maravilhoso ciclo de Respighi Deità Silvane e os 4 Rispetti op.11 de Wolf-Ferrari , na segunda parte. Uma cançãozita de Puccini como encore e uma sopinha de alho-francês para terminar a noite.

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Acontecimento raro

Fred, Teca e Carlota: cada um a comer do seu prato?! Isto aconteceu uma vez e ficou registado!

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Orlando

Esta é a imagem publicitária da produção. Os bilhetes estão esgotados desde Julho, segundo a informação que me foi dada! Novembro ainda está longe, mas os ensaios começam daqui a 13 dias e já estou a decorar a minha parte.
A minha personagem, Dorinda, deve ser a personagem mais boazinha do mundo da ópera! Roubam-lhe o namorado, queimam-lhe a cabaninha... mas está sempre a tentar ajudar, entre os muitos suspiros e árias.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

He he

A vida é bela...

domingo, 17 de setembro de 2006

Então e o veadinho?

Por falar em bichinhos...

Fomos até à Nazaré. Nunca lá tinha ido, que me lembre, e foi lá que a minha mãe passou vários Verões na sua infância e adolescência. Tirando uma ou outra construção desvirtuada, é uma terra bem bonita.

Segundo a lenda, Don Fuas Roupinho estava a perseguir um veado, numa das suas habituais caçadas. Como havia bastante névoa, só se deu conta que havia um abismo mesmo em frente quando o cavalo chega ao extremo do rochedo. Don Fuas evoca a Virgem, cuja imagem esculpida pelo próprio São José estaria depositada ali perto, e dá-se o milagre quando Nossa Senhora aparece em frente ao cavalo, ficando este quase paralisado e salvando-se Don Fuas de morte certa. Claro está que ninguém se importou com o pobre veadinho, que caíu no abismo. Estive lá e é bastante fundo e assustador. No Santuário de Nossa Senhora da Nazaré há uma cena do milagre muito bonita. Mas qual não é o meu espanto quando reparo no ar aterrado do veado, que, ao cair, olha para trás num pedido silencioso de ajuda. Ao menos que pintassem um veado sem cara ou sentimentos para que a pessoa não foque tanto a atenção no veado e no facto de Nossa Senhora não se ter importado com o coitado!

Bom, comentários tontos à parte, aqui vão umas fotos que tirei dessa bela cidade-praia.


No Jardim Zoológico

Em Lisboa, eu e o Ed visitámos o Jardim Zoológico, coisa que não fazia há séculos. Infelizmente, não posso provar, mas fica a minha palavra de honra de que recebi um beijo apaixonado de um leão marinho e que fui brincar com uma golfinha, fazendo-lhe cócegas na barriguinha macia e dando-lhe um beijinho repenicado. Outros bichinhos não estavam tão "virados" para a brincadeira... ou estavam...?! Ó donas girafas, isso é para a fotografia?

Carlota III


Carlotinha... não, não...! Don't even think about it...


Nãããão......!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Uma picada nas costas

Ora bolas! Eu sei que tenho muito para fazer, mas não me apetece nada voltar já para Londres... Mais uma semanita seria bom... Isto de comprar bilhetes com antecedência imaginando quanto tempo levará para matar as saudades não resulta.

E, quando voltar, já a Carlotinha estará maior. Não estarei cá quando der o seu primeiro miado-que-se-ouça. Não estarei cá quando partir a sua primeira jarra. Não estarei cá quando lhe der a sua primeira diarreia e lhe cortarem as unhas. Bom, ao menos estive com ela na sua primeira vacina. Foi hoje. Detestou. Agora está a um canto quietinha a pensar no que teve de passar: a temperatura que lhe tiraram pelo lado que não deviam, a pica no cachacinho que teve de ser dada em duas levas porque alguém não a soube controlar...

Ela está que parece que perdeu a confiança na raça humana, que só lhe dava carinho e comida, e agora leva com uma picada nas costas!

Mas eis que vê um cursor no monitor a andar de lado para o outro e umas letrinhas a aparecer que parecem umas lagartinhas todas seguidinhas. E eis que surgem na parede, no chão e na saia castanha para onde pula as suas amiguinhas preferidas de brincadeira: as sombras. Pronto, já esqueceu.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Carlota II

Pronto, agora a brincadeira é tentar apanhar as letras que teimam em aparecer no monitor. E a setinha do cursor que não pára de mexer?! Será que a posso apanhar por detrás do monitor? Não, aqui só há fios para eu roer.

Carlota


Esta é a nova aquisição da família. Era a protegida da minha avó e trouxemo-la agora para Lisboa porque os outros gatos da quinta não a aceitam. Tem cerca de 3 meses e é um diabinho. Tem uns pelos longos dentro e atrás das orelhas e uma cauda muito felpuda - vai ser uma gatona com um belo casaco de pelos! Tem meias brancas nas patas da frente, mas esqueceu-se de calçar as de trás. A veterinária disse que parece ser um cruzamento entre um europeu comum com gato dos bosques da Noruega (!). Mas Viseu está longe e só há matas.

A foto é da Mariana.

Update

Bom, terminaram os 5 meses de contracto com Glyndebourne. Produção a produção, foi terminando progressivamente. Querem ver-me para o ano e ofereceram-me também o cover da Despina no Così do próximo ano. Mas não sei se quero fazer mais 5 meses de coro... Entretanto, audiciono para outras coisas a ver se arranjo algo melhor, se bem que a altura das audições para as coisas mais interessantes já passou.

Agora de férias em Portugal, já apresentei Coimbra ao Edmund e tenho-me entretido a ver cozinhas com a família para remodelarmos a de Viseu. Vou-me embora para Londres na sexta-feira para ver se começo a trabalhar a sério no Orlando. Tenho tudo para decorar e ainda nem ornamentei as árias...

O recital em Oxford é já em Outubro e o programa só está alinhavado... Enfim, Joana, "wake up!".

Mas estava mesmo a precisar de umas férias, de uma praia e de cabeleireiro!

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Para a menina Olivinha

As pernas "já não prestavam", os 90 já tinham passado, mas ainda a chamavam de "menina Olivinha". E com razão.
Um grande beijo para a minha avó Olivia.

Combóio de Londres a Lewes

Longe das alegrias e longe das tristezas. No sábado, deu-se o primeiro casamento da minha geração: a minha prima Inês resolveu atar o nó antes da prima mais velha (eu!). Choro no combóio, ao escrever o cartão de felicidades, por não poder estar lá. No domingo, a minha avó faleceu. Choro no combóio, ao telefone com a família, por não poder estar lá.
Estou longe, presa na porcaria de um combóio que vai e vem de Londres a Lewes.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Parabéns!

27 anos?!? Ainda há dias tentavas esconder-te atrás das saias da mamã, sempre que alguém viesse falar contigo... É horrível como o tempo passa... Mas parabéns à mesma!

Adeus Cosí

No passado dia 18, o Cosí terminou. Foram 16 récitas e um Prom no Royal Albert Hall. Este estava completamente cheio e, no final, quase veio abaixo, tal o sucesso que foi esta versão semi-encenada da ópera. Aqui vão umas fotos do local.


Ivan Fisher foi um excelente maestro e a Orchestra of the Age of Enlightenment respondeu a tudo com vigor, lirismo e humor. Lá diria o Eldoro... com personalidade! Os solistas foram Miah Persson (Fiordilidgi), Anke Vondung (Dorabella), Topi Lehtipuu (Ferrando), Luca Pisaroni (Giglielmo), Nicolas Rivenq (Don Alfonso) e Ainhoa Garmendia (Despina). Todos lindos, bons actores e excelentes cantores, estiveram à altura (apesar de algumas distracções que não merecem ser comentadas...).

A produção de Nicholas Hytner é simples e deixa que a narrativa fale por si, algo que concordo perfeitamente. Acho, no entanto, que lhe falta o tratamento do texto do da Ponte. O texto, tão cheio de segundos sentidos (quase sempre relacionados com sexo, logo, valem a pena!) foi, na minha opinião, desaproveitado, o que levou a que não houvesse variedade e humor nas acções e consequentemente, nas vozes. Fora isso, gostei!

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Picnic em Glyndebourne

À espera do intervalo...

Ó pra eles tão bem vestidos! "Darling, what's the name of the opera again?"


domingo, 2 de julho de 2006

30

Ter trinta anos não é tão bom quanto dizem... Alguém se esqueceu de dizer que vómitos e diarreia vêm com a idade, pois foi assim que passei o meu primeiro dia como trintona!

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Primavera III

Primavera cor-de-rosa em Kentish Town.



quarta-feira, 10 de maio de 2006

BBC Proms

Como todos os anos, Glyndebourne participa nos Proms da BBC. Desta vez, vai o Cosí. No fundo, é o meu debut nos Proms - eu sei que só canto no coro, mas somos todos uns mimados e julgamos que somos importantes! Para além dos Proms, vai sair um DVD da produção. Que espectáculo! Claro está que isto significa mais um dinheirinho extra!

Sortuda

Daqui a uma semana, vou cantar excertos da ópera Betrothal in the Monastery, de Prokoviev, numa sessão informativa. Tenho tentado decorar o russo, mas está complicado... Esta sessão tem como objectivo elucidar o público em relação a "tudo" o que há a saber sobre a ópera. Vão falar um especialista em Prokoviev, o Vladimir e o encenador Daniel Slater. Depois eu e mais três colegas cantamos e trabalhamos os excertos com o encenador. No final, mostra-se um filme baseado na mesma peça de teatro de Richard Sheridan, The Duenna.

Normalmente, são os covers dos solistas que fazem estas sessões, mas estou na "feliz" situação de ser a cover da cover (será que em português diz-se "substituta"?), porque a rapariga ainda não preparou o papel.

Entretanto, vou gozando de sessões de coaching com o director musical de Glyndebourne e maestro extraordinaire!

Os Grandes

Há tanto tempo! Glyndebourne tira-me tempo e vontade - acho que nunca estive tanto tempo sem actualizar o bloguinho.

As récitas começam na sexta 19. Os solistas são todos absolutamente fabulosos. Falo das produções do Così fan tute e Die Fledermaus porque ainda não conhecemos os outros.

Die Fledermaus
Os ensaios de produção para Die Fledermaus têm sido bastante lentos, mas que privilégio que é conviver diariamente com pessoas como Tom Allen, Alan Opie, Jonathan Veira, Robert Tear, Bonaventura Bottone! Não conhecia a Pamela Armstrong, que faz de Rosalinde, e estou completamente apaixonada por esta voz. Ela prometeu dar-me umas aulinhas.

É muito engraçado ver pessoas com o gabarito e experiência (para não dizer idade...) do Tom Allen, do Alan Opie, do Jonathan Veira ou do Bob Tear a não levarem nada a sério, qual crianças a portarem-se mal quando o professor vira as costas.

Hoje tivemos a sitzprobe. Foi um autêntico concerto. Todos sentados na plateia (uma colocação um bocado estranha para uma sitzprobe, mas o Vladimir assim o quis). Que maravilha ouvir qualidade destas! A London Philharmonic Orchestra, sob a batuta do, agora meu amiguinho!, Vladimir Jurowski, é completamente "mind blowing"! E ouvir os solistas, hoje bem mais concentrados na música e na voz, deram performances que realmente justificam as suas visitas constantes às grandes casas de ópera. E nós, humildes jovens coralistas-aspirantes-a-solistas, ali sentados e misturados entre os Grandes, babados de orgulho.

Così fan tutte
O Così é mais calmo - o coro não tem quase nada para fazer, logo não há tanta interacção com os solistas e não os conhecemos tão bem. São todos altos, bonitos, bons actores e cantores. Tanta perfeição até chateia! No bom sentido, está claro. O DVD deste ano vai ser desta produção.

Cenários e guarda-roupa de primeiríssima qualidade. Tudo feito "from scratch" às nossas medidas, incluindo os sapatos. Alguns dos materiais utilizados são de época, vindos de França (muito chique). Eu visto uma saia com tecido vindo directamente do final do séc. XVIII (que, pela grossura, devia ter sido uma manta para cama). Nem posso imaginar quanto dinheiro deve correr nesta companhia. É realmente impressionante. Mas não é de estranhar - os bilhetes custam entre cerca de 90€ e 230€, se fiz bem as contas!

Esta é a minha roupa para o Così. Peço desculpa pelos anacronismos que me rodeiam...

terça-feira, 18 de abril de 2006

Cegueira

Nestas férias, li finalmente o Ensaio sobre a Cegueira do Saramago. Só depois de o terminar é que me apercebi de que gostei. Durante a leitura, houve alturas em que estava mesmo para desistir, tal era o nojo que sentia a ler certas cenas. Mas foi bastante interessante ver o quanto a Humanidade, perante uma situação de caos, se pode reduzir aos seus instintos mais primários - uma humanidade que, de cega de olhos, passa a ser também cega de princípios, cega de nomes, cega de classes e cega de regras. Lá diz o ditado: Quem vê cara, não vê coração. Mas se ficarmos todos cegos, vemos bem o que cada um realmente é; no fundo, e não é grande novidade se virmos o que se passa por esse mundo, somos todos uns grand'animais!

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Férias

Belas férias estas! A montanha veio a Maomé, visitou-se Brighton, passeou-se, cantou-se na missa e passeou-se ainda mais nos campos de Hampstead. Hoje, então, esteve um belo dia! Amanhã, dia extra de férias, vêm cá pôr as janelas novas. Quarta, recomeça-se o trabalho, não sem antes aproveitar o bonus dado e dormir mais duas horas de manhã.

domingo, 16 de abril de 2006

Cordeirinhos de Deus

Os cordeirinhos da fotografia do meio do post anterior, bem como outros não fotografados, vão ser prato principal no menú do restaurante de Glyndebourne... Oh, well...

terça-feira, 11 de abril de 2006

Primavera II

William Blake bem que tinha razão quando falava na "England's green and pleasant land"!

domingo, 9 de abril de 2006

Unfashionable

Estava eu a pôr maquilhagem para ir ver um concerto onde o E. canta quando reparo que, ou tinha posto a sombra errada ou estava a fazer alergia! Toda a zona das pálbebras até às sombrancelhas ficou vermelha e com pequenas babas, como se tivesse sido mordida por mosquitos. Resultado, vou ficar em casa para não o envergonhar à frente dos amigos porque estou mesmo feia! Entretanto ja desinchou, mas continuo com uma sombra vermelha nas pálpebras, very unfashionable!

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Algo "to look foward to"

Estava eu a postar o texto anterior quando toca o telefone. O A. mudou a oferta que me tinha feito, e que eu ia recusar, e deu-me o papél que eu queria! Assim já fico mais contente! Tenho finalmente algo "to look foward to" para depois de Glyndebourne. A chatice é se Glybrn me oferece um papél na tournée... As chances de isso acontecer são diminutas mas só o saberei daqui a um mês. Normalmente, toma-se decisões tendo em conta todos os factores. Mas parece que tenho de habituar-me a tomar decisões às escuras. Profissão de risco, esta.

Há dias assim...

Tudo parece aborrecido, sem graça e difícil de suportar. Não sei se é o culminar do cansaço, o acordar todas as manhãs às 7, falta de vitaminas ou falta de água (ou tudo junto). Hoje estava mesmo para sair do ensaio e ir para casa, de tão farta que estava da música e das pessoas. Só me apetece isolar-me, comer porcarias e dormir.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Primavera I

A Primavera já se vê, mas não se sente. Ainda está bastante frio por aqui. Não sei como os botõezinhos nos galhos das árvores não congelam... Aqui vão mais umas fotos do início desta Primavera em Glyndebourne.

terça-feira, 4 de abril de 2006

Glyndebourne

Um sítio muito bonito. Esta é a casa principal, onde vivia a família Christie, que ainda hoje tem ligação com a companhia. Existem vários outros edifícios, incluindo a casa de ópera, e, claro, campos verdes onde pastam ovelhinhas e um lago onde nadam patinhos e peixinhos.



Não há nada como cantar num cenário destes, com a concorrência de chilros e balidos!

Qué frô?


As lindas rosas que recebi no final do recital de quinta-feira. Estava completamente estafada nesse dia mas não correu mal. Rosas merecidas que condiziam com o meu top, com o repertório e com a côr do meu esforço, ao fim de um dia intenso de ensaios… Mas valeu a pena, pois não há frô mai linda!

sexta-feira, 24 de março de 2006

Amizades

Fui ver as cenas de ópera dos do primeiro ano, despedi-me emocionadamente do chefão e passei as 5horas e meia seguintes no pub.

No pub, não fiquei tão emocionada como pensava que ia ficar. Nem tirei fotografias. Ao fim de quase 6 anos, estava à espera de partilhar lágrimas de adeus e saudades, mas, na verdade, vai tudo ficar por Londres mesmo - um encontro está apenas a um toque de telemóvel.

Há dois e três anos atrás, quando terminei a licenciatura e o mestrado, é que muitos dos meus amigos se foram para os respectivos países. É um problema quando se tem colegas de nacionalidades diferentes... Muitos não vejo desde então. Outros aparecem muito de vez em quando. Nessa altura é que devia ter partilhado as tais lágrimas de adeus e saudades, mas acho que não me dei conta: uns iam embora, outros, incluindo eu, ficavam na mesmo vida de estudante. Para os que ficavam, nada parecia que ia mudar.

A internet é um bom meio para manter o contacto, mas até assim as relações vão-se dissipando no tempo. De "amigos" passa-se a "conhecidos". O mesmo aconteceu com os portugueses.

Não há dúvida que mesmo as amizades mais verdadeiras, com a distância do espaço e do tempo, se não são regadas, morrem. E ambas as partes são planta e regador, logo ambas têm culpa no cartório!

quinta-feira, 23 de março de 2006

Adeus amiguinhos!



Buáááááááááááááááááááááááááá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

È finito!

Ontem foi a minha segunda (e última) récita do Falstaff. Não correu de todo como eu queria... Mas todos me dizem que foi muito bem... não percebo. O que interessa, é que o público gostou do espectáculo e pronto. Espero terminar aqui este tema do Falstaff!

Fomos todos festejar o final das récitas no Sosho, ao contrário do que tinha sido combinado - por incompetência dos stage managers, chegámos ao Context uma hora e meia atrasados em relação à reserva e, claro está, quando lá aparecemos, já tinham fechado. Por sorte, o Sosho estava aberto e acabámos por ter uma "noite" agradável (entre aspas porque foi só até à uma da manhã, à boa moda da city). A "noite" terminou num kebab gorduroso, antes de apanharmos um táxi para casa.

terça-feira, 21 de março de 2006

Últimos dias de estudante!

Já comecei as despedidas, com uma tentativa frustrada de me despedir de uma das pessoas mais importantes no meu "percurso estudantil" em Londres. Logo hoje, o gajo tinha de ir para a Nova Zelândia. E por 2 semanas! Até me vieram as lágrimas aos olhos...

Distribuí os convites pelos pigeonholes (como se diz isto em português?!) para o encontro no pub do costume, na zona já reservada para o efeito, para sexta a partir das 18horas.

domingo, 19 de março de 2006

Adrenalinas

É suposto, ao fim de tantos anos de estudo, que uma pessoa conheça bem a voz que tem. Pois parece que eu tenho a compreenção lenta…

São os outros que me dizem o que posso fazer porque penso sempre que não é para mim – é sempre demasiado leve ou demasiado pesado. Foi um problema para o chefe de departamento de ópera saber qual dos papéis eu deveria fazer, se Alice, se Nannetta. Na verdade, a minha voz está entre as duas… Mas, na verdade, a Nannetta não tem de ser ligeiríssima! Afinal, sempre é Verdi! Descobri que sou ligeira o suficiente para fazer este papél (desde que não o faça numa sala muito pequena, onde teria a tendência para “apertar” os agudos com medo de não ser musical…).

Para além de não saber o que está ao meu alcance, também me esqueço da importância (diria extrema, no meu caso) da adrenalina. Estava com tanta energia e com tanta vontade de cantar que me deu tanta confiança, que as coisas só poderiam correr bem.

É raro ter nervos quando faço ópera. Tenho-os mais em recitais. Numa ópera, todos partilham a responsabilidade de fazer um bom trabalho. Num recital, cai tudo sobre dois ombros… Devia cair sobre quatro, porque o pianista também é gente, mas, na realidade, é o cantor que “dá a cara”…

Enfim, isto tudo para dizer que a minha primeira récita correu melhor do que eu esperava. Agora o desafio é repetir o feito na quarta-feira!

sábado, 18 de março de 2006

Nervos?

Ontem tive uma boa audição onde cantei Una donna (Despina), Ho um certo rossore (Dorinda) e Padre, germani (Ilia). Acho que gostaram, mas o dia estava no início e ainda iriam ouvir bastantes Dorindas… Mas, como dizem os ingleses, “I sang my heart out”! Espero conseguir o papel…!

Hoje é a segunda récita do Falstaff (e a minha primeira noite). Ainda não estou nervosa. Parece que a primeira récita correu bem e tenho a certeza que a C. cantou bem a Nannetta. Mesmo que eu não ache que tenha uma voz de distinção, especialmente nos médios, não há dúvida de que é uma cantora segura, especialmente nos agudos (mais segura que eu nesse aspecto). Mesmo que a garganta interfira, o seu som sai sempre seguro e flutuante!

A minha professora deu-me um raspanete por não ter convidado agentes para a récita. Mas, sinceramente, não me cabe na cabeça convidá-los para me ouvirem num papél onde não me sinto 100% segura (ou mesmo 80%). Aliás, já estou sob pressão suficiente já que vão lá estar outros críticos, agentes e companhias que me ouviram noutros papeis mais apropriados e que estão curiosos para me ouvir neste… Oooops…

quinta-feira, 16 de março de 2006

Bem preparada...

Amanhã tenho uma audição para o Orlando, de Handel, e nem sei o que vou cantar. Mas aqui estou eu a escrever no blog à meia-noite.... Enfim...

terça-feira, 14 de março de 2006

Frio demais para estar fashion

Está um frio de rachar! As minhas mãos estão secas e gretadas e não há creme que me valha...
As temperaturas máximas para os próximos dias não excedem os 5 graus, mas as montras mostram vestidinhos de Verão às flores e às bolinhas, muito anos 50. Será que haverá alguém com coragem para os experimentar?...

Mulher "à antiga"

Aqui em Londres, são poucos os homens que oferecem o lugar a uma mulher... Lembro-me que em Lisboa ainda me davam o lugar quando andava de autocarro. Mesmo quando saía com amigos (tempos idos...), os rapazes certificavam-se de que as raparigas estavam sentadas e confortáveis. Aqui, os rapazes querem lá saber! As raparigas embebedam-se até não se aguentarem em pé e são deixadas sozinhas no final da noite, à espera do autocarro (note-se: com as suas mini-saias e sandálias, em pleno Inverno!).

Quando pergunto ao meu namorado o porquê desta diferença, ele "culpa" o facto das mulheres reevindicarem igualdade. Mas o que e que isso tem a ver?!? As mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens, e, na minha opinião, mais uns quantos previlégios! Era só o que faltava se de "Mulheres e crianças primeiro!" se passasse a um "salve-se quem poder" - sim porque, neste caso, bastaria um encontrão de um homem para que ficassemos estateladas no chão!

Enfim, sou uma mulher "à antiga" e, por isso, da opinião de que devemos ser protegidas, como seres mais-que-perfeitos e preciosos que somos. Protegidas contra o abuso, a descriminação, contra portas fechadas e falta de lugares nos transportes públicos! Que falta de chá...!

Gaie comare di Windsor

Aqui está uma foto da Nannetta, Alice e Meg. "Fra le femine quella è la più ria che fa la gatta morta." (Entre as mulheres, a mais culpada é a que faz de inocente - tradu. ranhosa da Joana.)