sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

As faces negras de Londres

Hoje, estava com a neura. É impressionante como as pessoas perderam a amabilidade, a cortesia e mesmo o bom senso quando entram no metro de Londres. Aí, cada pessoa vive no seu mundozinho, ninguém olha para além do seu umbigo, a não ser quando, em vez do umbigo, olham para o jornal. É uma boa maneira de evitar olhar para as outras pessoas, não haja alguém que realmente precise do lugar. Qual oferecer o lugar, qual carapuça! Eu bem reparei nuns glances discretos por cima do jornal direitinhos à barriga, bem proeminente. Apesar da barriga apontar para aqueles olhos, estes fingiram não a ver. Até pode ser que ela não se quisesse sentar, mas como é possível ninguém sequer oferecer o lugar? Devo dizer que não é a primeira vez que vejo isto acontecer. É mesmo raro as pessoas darem lugar aos idosos, a grávidas ou a pessoas com bébés. Já tenho visto darem a crianças, porque essas ao menos dizem que se querem sentar e pronto. É mais fácil fingir que não se viu do que fazer ouvidos moucos.

(Para evitar mal-entendidos, a barriga não era minha!)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Desencantos

Quando, finalmente, um de nós volta ao nosso cantinho, lá desaparece o outro por outros cantos, não fosse a nossa vida cantar. E é assim a vida desencontrada de um casal de cantores. Mas não desencantada - isso não. Senão não valeria a pena.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Live TV


Não há nada como um dia lindo de Inverno para ir ao parque e, à boa moda inglesa, sentar-me num banco, comer a minha sandwich de frango e abacate do Prêt a Manger e ver a banda passar. Mães e nannys com carrinhos de bébés, colarinhos brancos com pressa, cães a passear os seus donos, velhotes a fazer o seu power walking diário e os menos velhotes no seu jogging, corvos a lutar por um bocado de pão que alguém deixou no banco em frente. E eu ali sentadinha, tal e qual no sofá a ver televisão. É que nem no parque eu levanto o rabo do sofá, bolas!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Com preguiça para pôr um título

Será a comida? Será a elevada percentagem de hidratos de carbono que fazem parte da minha dieta, aliada à falta de exercício físico, que me impede de sair da inércia em que vivo? Quantas coisas comecei e não acabei? Quantas coisas quero fazer e não faço - por pura inércia? Se a sociedade dependesse de mim para evoluir, ainda estaríamos a fazer fogo com dois pauzinhos...

Coisas que gostaria de fazer:
ser fluente em italiano, francês
aprender alemão
aprender a tocar piano e guitarra
decorar interiores
restaurar mobiliário
fazer objectos em barro
estudar história de arte
ter o corpo de Halle Berry através de exercício físico regular
montanhismo
dança do ventre

Não são coisas inantingíveis (tirando, talvez, ter o corpo da Halle Berry) mas, por uma qualquer razão, o canto é única actividade da minha vida e , quando não canto, ou estou a estudar para o próximo trabalho ou fico a pensar no que gostaria de fazer com o meu tempo livre... ou a escrever sobre o que gostaria de fazer com o meu tempo livre...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Será Impulse?



Ahhhh... Paris: a cidade das luzes, do amor... e dos tarados. Só em Paris pode uma pessoa ser abordada, numa tarde, por três homens com convites para cafés, para a salvação da sua solidão e outros convites em francês imperceptível. Para não falar em piropos. Se comecei por achar piada, acabei por ficar com medo. Que direito julgam ter estes homens de abordar uma desconhecida na rua (e sem oferecer flores!)? O que os leva a fazer uma coisa destas? Desespero, hormonas descontroladas ou machismo? Uma pessoa não tem de passar por coisas destas...