Ver o Rio de Janeiro a cores, sem favelas e com "meia dúzia" de casas coloniais, ou filmes mostrando a graciosidade e destreza das mulheres chinesas a trabalhar nos campos com os seus pés ligados, fez essas pessoas não existentes há um século tão reais e vivas que até me vieram as lágrimas aos olhos. Bom, podia ser da hora tardia...
Actores, Hanoi (Vietnam), 1915 © Musée Albert Kahn
Mulher a trabalhar, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn
Mulher e criança, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert KahnNa Alemanha, foram recentemente encontradas mais de duas dezenas de gravações de vozes de homens comuns, prisioneiros de guerra britânicos da 1ª Guerra Mundial, a ler textos e a cantar canções das suas terras. As suas vozes revelam, para além de pronúncias fortes com sons por vezes inesperados, algum medo, hesitação, emoção e até mesmo desafio e rebeldia. (Uma das vozes revela também uma excelente voz de tenor, quase haute-contre de tão aguda!)
Bom, isto foi o que estive a ver até às 4 da manhã. Umas horas depois fui acordada com a campaínha e perguntaram-me se, por acaso, vivia alguém aqui que falasse português. Já o ano passado foi a mesma coisa... Como é que souberam que aqui vive uma portuguesa? Mas já sei para o que é: querem falar sobre Deus. Ou são Jeovás ou de alguma igreja brasileira tipo IURD, o que é bastante irritante porque a minha "noite" de sono é preciosa!
Sem comentários:
Enviar um comentário