quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
Estes ingleses...!
8 mil libras! 11 mil Euros! 2 mil 250 contos! É quanto custa alugar POR SEMANA um apartamento de 3 assoalhadas em Belgravia, Londres! Está bem que é uma zona "posh", mas só vem confirmar que este mundo está louco!... E a verdade é que há quem possa E QUEIRA alugar 3 míseras assoalhadas por esse preço, senão ninguém o pediria!
domingo, 11 de novembro de 2007
Adeus Poppea
Jerupiga!
Há coisas que realmente me entristecem.....
Estava eu a cozer umas castanhas, quando me lembrei que hoje é dia de São Martinho - uma coincidência engraçada. Mas depois tento lembrar-me da bebida que, em casa dos meus pais, se costuma beber com as castanhas. Blank.... Nada.... Não consigo lembrar-me do nome do raio da bebida. Faço o que muitas vezes resulta: começo pela letra A e percorro o abecedário todo. Vou à internet leio e procuro... vejo palavras que estavam metidas no fundo do baú da minha má memória como "magusto", "água-pé"... Ah-ha! jerupiga!, era esta a palavra! Isto entristece-me. São palavras que não ouço há anos e que, lentamente, vou esquecendo. Já lá vão 7 anos...
Estava eu a cozer umas castanhas, quando me lembrei que hoje é dia de São Martinho - uma coincidência engraçada. Mas depois tento lembrar-me da bebida que, em casa dos meus pais, se costuma beber com as castanhas. Blank.... Nada.... Não consigo lembrar-me do nome do raio da bebida. Faço o que muitas vezes resulta: começo pela letra A e percorro o abecedário todo. Vou à internet leio e procuro... vejo palavras que estavam metidas no fundo do baú da minha má memória como "magusto", "água-pé"... Ah-ha! jerupiga!, era esta a palavra! Isto entristece-me. São palavras que não ouço há anos e que, lentamente, vou esquecendo. Já lá vão 7 anos...
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Dilema
Aaaaaarrrrrgggggghhhhhhhhh!!!!!!!!! É o que tenho a dizer sobre esta profissão, principalmente quando se tem de escolher entre dois bons projectos que calham na mesma altura! Enfim, não é a primeira vez nem vai ser a última, até já me queixei antes neste blog, mas não há coisa mais enervante! O que se escolhe? 9 récitas bem pagas no cú de Judas ou uma só récita numa das mais importantes salas de concerto de Londres que, apesar de ser bem paga, apenas equivale financeiramente a duas das outras récitas?
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
É hoje!
É hoje a minha estreia no Coliseum da English National Opera! Até me sinto mal em ter deixado este blog tanto tempo com o último post, quando a experiência tem sido tão divertida, mas não tenho tido muito tempo para escrever nem fotografias novas para publicar. Assim, tirei uma foto ranhosa com o meu telemóvel ao magnifico edifício que é o Coliseum, no fim de um ensaio. Não lhe faz grande justiça. Deixo também uma versão do look da minha personagem - sim, porque a Damigella mudou umas quantas vezes de cabelo e maquilhagem... A versão definitiva é completamente diferente, mas gosto tanto destas pestanas, que decidi partilhar esta primeiro.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Unhappy bunny
Bom, o meu papel já não é muito grande... mas quando me começam a cancelar os ensaios (and these are the highlights of my day...), parece ainda mais pequeno e insignificante! I'm not a happy bunny!
sábado, 22 de setembro de 2007
Heroes
Bom, confesso que tenho um fraco por séries e filmes sobre super-heróis... Mas esta série é diferente!!! Ok, é sobre super-heróis, ou melhor, pessoas normais que de repente descobrem que têm uma habilidade especial, um poder... Ok, é tipo X-Men... mas sem as fatiotas! E sim, tem a ver com banda desenhada, apesar de não ser baseado numa banda desenhada específica. Cada episódio é uma história que apresenta acontecimentos, personagens e pormenores que vão desvendando o mistério central: o que provocou e como impedir a explosão que acabará com o mundo? "Save the cheerleader, save the world!" - Why?!?!? Cada herói não só tem de lidar com um poder que antes não possuía (que pode ajudar ou destruir a sua vida), como descobre que terá um papel importante na prevenção da catástrofe que se avizinha. Mas a genialidade desta série não está na história em si (apesar de achar que é bem boa!). O formato (apresentando a história em bocados, como numa banda desenhada), os constantes saltos no tempo, as várias pistas dadas em cada episódio, a riqueza de cada personagem, o modo como os eventos e as personagens se ligam: tem um pouco de Pulp-Fiction e de Magnolia, dois dos meus filmes preferidos. E tem muito mais. Infelizmente, nenhuma descrição minha fará jus a esta série... Esta é a minha série preferida do momento. Ficção científica no seu melhor!
"Maybe Europe's most secretive musical culture"
Passou hoje uma edição especial do programa Music Matters, de Tom Service, transmitido na BBC Radio 3, sobre Portugal e o papel da música clássica portuguesa no nosso país. 45 minutos a não perder, acessíveis online aqui durante esta semana.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Mourinho's wisdom
"We all want to play great music all the time, but if that is not possible, you have to hit as many right notes as you can." (Admitting the Blues weren't completely on song last season.)
Para mais citações brilhantes, clicar aqui (BBC Sport).
Isto está preto
Ainda não estou habituada a esta nova aparência. Ao fim de mais de ano e meio, este blog já precisava de uma mudança. Mas não sei se foi boa, porque apanho sempre uma surpresa quando me aparece à frente esta página preta.
Por falar em mudanças, e a cor negra também vem a propósito, o Mourinho saiu do Chelsea deixando os fans de luto. As inglesas estão destroçadas com a perspectiva do Mourinho sair do país e deixar de aparecer constantemente na televisão, revistas e jornais britânicos. O George Clooney do futebol, bem vestido, de cabelo "sal e pimenta", com a sua pronúncia sexy, as suas expressões originais e seu ego do tamanho do mundo fê-las todas suspirar. E agora? O que vai ser do futebol britânico?
Por falar em mudanças, e a cor negra também vem a propósito, o Mourinho saiu do Chelsea deixando os fans de luto. As inglesas estão destroçadas com a perspectiva do Mourinho sair do país e deixar de aparecer constantemente na televisão, revistas e jornais britânicos. O George Clooney do futebol, bem vestido, de cabelo "sal e pimenta", com a sua pronúncia sexy, as suas expressões originais e seu ego do tamanho do mundo fê-las todas suspirar. E agora? O que vai ser do futebol britânico?
terça-feira, 18 de setembro de 2007
The Coronation of Poppea
Entretanto, os ensaios para La Incoronazione di Poppea, ou The Coronation of Poppea, já que a English National Opera faz tudo em inglês, já começaram há 3 semanas. O meu papel é provavelmente o papel mais pequeno de toda a História da Ópera, mas nem por isso é menos divertido. O papel consiste nos preliminares e consequente rapidinha. E pronto. Nada de grandes desenvolvimentos ou problemas psicológicos (umas férias depois da Julieta). Unidimensional e fácil poderá ser a descrição da Damigella nesta produção. Mas o pessoal diverte-se a ser caça e caçador para acabar, muito previsivelmente, em cenas escaldantes na banheira onde Seneca acaba de morrer. Imoral como o resto da ópera, mas no bom sentido.
Os posters já estão na rua, com a cara da nossa linda Poppea, Kate Royal, que conheço dos tempos da Guildhall. Aliás, a Guildhall está bem representada nesta ópera! Nomes e detalhes (e a fotografia completa da Kate) aqui.
Os posters já estão na rua, com a cara da nossa linda Poppea, Kate Royal, que conheço dos tempos da Guildhall. Aliás, a Guildhall está bem representada nesta ópera! Nomes e detalhes (e a fotografia completa da Kate) aqui.
Árias da Luísa Todi em Évora
O primeiro concerto deste projecto, encabeçado por Marcos Magalhães à frente dos Músicos do Tejo, foi este sábado, 15 de Setembro. Infelizmente, não se pôde utilizar os claustros do Convento dos Remédios, como estava anunciado, porque cairam uns chuviscos quando estávamos para colocar o cravo no sítio, pelo que fomos para dentro da igreja. Bom, digo infelizmente, mas na verdade a igreja é muito bonita e com óptima acústica, por isso ninguém ficou a perder.
Este projecto tem como ponto alto a gravação de um disco em Novembro, apenas possível devido ao generoso apoio da empresa setubalense Amarsul.
Fotos (algumas com caretas feias...) do concerto aqui.
Romeo and Juliet em St John's, Smith Square
A última récita deu-se a 13 de Setembro. Ficam as saudades. Bom, estou a exagerar... Foram 7 récitas ao longo de dois meses e estou feliz que tenham terminado porque é-me sempre difícil concentrar noutras produções quando uma outra ainda está pendente. Mas é chato ter de dizer adeus ao grupo de pessoas com quem trabalhámos durante tantas semanas.
Foi a minha estreia em St John's, Smith Square, uma das mais importantes salas de concerto de Londres. Correu bem, apesar de ter tido um ensaio puxado com a orquestra umas horas antes! Mathew Halls brilhou mais uma vez na direcção, desta vez à frente dos London Mozart Players.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Atraso de vida
Bom, eu sei que era segunda-feira, mas alguém anda a perder uma grande oportunidade de negócio em pleno Verão! E não são os vendedores mexicanos, a vender as suas camisolas grossas de pura lã! Esses fazem bom proveito dos turistas frustrados que chegam à ponta de Sagres para bater com o nariz na porta da fortaleza. Esses vêem com prazer os turistas a dar meia-volta, ir às suas tendinhas e voltar para o trânsito que os levou até lá.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Férias
Quase não parei em Lisboa. Finalmente, fui conhecer um pouco do Algarve, na altura talvez menos boa. Mas foi bom ouvir mais português que inglês! Muita gente do nuorte, carago!
Resposta ao desafio da Raquel
De volta ao meu outro canto, posso responder ao desafio da Raquel.
Últimos livros que li:
1. Washington Square, de Henry James - este veio no DN
2. O Último Adeus, de Honoré Balzac - este também veio
3. O Pequeno Herói, de Dostoiévski - este também
4. Perfume, de Patrick Süskind (releitura, desta vez em inglês)
5. Mozart and his Operas, de David Cairns
6. Culture Shock! Portugal - A Survival Guide to Customs and Etiquette, de Volker Poelzl
Últimos livros que li:
1. Washington Square, de Henry James - este veio no DN
2. O Último Adeus, de Honoré Balzac - este também veio
3. O Pequeno Herói, de Dostoiévski - este também
4. Perfume, de Patrick Süskind (releitura, desta vez em inglês)
5. Mozart and his Operas, de David Cairns
6. Culture Shock! Portugal - A Survival Guide to Customs and Etiquette, de Volker Poelzl
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Cúmulo da preguiça
Se há uma coisa que detesto é fazer e desfazer malas! E esta é a minha vida de momento. Acho que vou comprar roupas e produtos de higiene e maquilhagem que fiquem sempre arrumados dentro do raio da mala! Uma mala de Verão e outra de Inverno - perfeito!
quarta-feira, 25 de julho de 2007
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Romeo and Juliet em Bampton
Acabei de chegar a Londres de mais duas récitas do Romeu e Julieta, desta vez em Bampton, em Oxfordshire. O local é perfeito: ao ar livre, num lindo jardim de uma grande mansão. O palco sobre o verde da relva e os arbustos a acrescentar à beleza do cenário. O ensaio geral correu bem e foi interessante verificar que até é fácil cantar ao ar livre, algo que nunca tinha feito antes a solo. O mais complicado é fazermos de mortos quando mosquitos e sei lá que outros insectos se passeiam pela nossa cara!
O dia da primeira récita foi o dia do dilúvio. Resultado: o espectáculo passa a ser na igreja. Encontramo-nos todos de manhã para ter uma ideia do espaço. Vá lá que a igreja é lindíssima e tem luzes em vários sítios, podendo-se acender umas e desligar outras, para diferentes efeitos. Uma hora antes do espectáculo, a estação eléctrica explode com fogo de artifício. Bom, ópera à luz de velas numa igreja não me parece muito mau - até é bastante atmosférico. O problema é a orquestra: não só não há luz suficiente para os instrumentistas lerem as partituras como estão no meio do trânsito que se formou devido à inundação e encerramento de várias estradas. Manda-se a orquestra para trás e lá vai o coitado do Matt, o nosso maestro, tocar a ópera inteira ao piano sem ter-se preparado. A chuva não pára e uma audiência que devia rondar os 300, não passa dos 40!
A segunda récita teve um contexto ligeiramente mais favorável: tivemos mais público e as luzes da igreja voltaram umas horas antes. Infelizmente, grande parte da orquestra, mais uma vez, não conseguiu entrar em Bampton, talvez por falta de barcos?
O dia da primeira récita foi o dia do dilúvio. Resultado: o espectáculo passa a ser na igreja. Encontramo-nos todos de manhã para ter uma ideia do espaço. Vá lá que a igreja é lindíssima e tem luzes em vários sítios, podendo-se acender umas e desligar outras, para diferentes efeitos. Uma hora antes do espectáculo, a estação eléctrica explode com fogo de artifício. Bom, ópera à luz de velas numa igreja não me parece muito mau - até é bastante atmosférico. O problema é a orquestra: não só não há luz suficiente para os instrumentistas lerem as partituras como estão no meio do trânsito que se formou devido à inundação e encerramento de várias estradas. Manda-se a orquestra para trás e lá vai o coitado do Matt, o nosso maestro, tocar a ópera inteira ao piano sem ter-se preparado. A chuva não pára e uma audiência que devia rondar os 300, não passa dos 40!
A segunda récita teve um contexto ligeiramente mais favorável: tivemos mais público e as luzes da igreja voltaram umas horas antes. Infelizmente, grande parte da orquestra, mais uma vez, não conseguiu entrar em Bampton, talvez por falta de barcos?
terça-feira, 17 de julho de 2007
Romeo and Juliet na BBC Radio 3 (05/07/07)
Krystian Bellière (co-repetidor), moi (Julieta), Ilona Domnich (Laura), Jeremy Gray e Gilly French (directores da Bampton Classical Opera).
Estúdios da BBC em Portland Place - um edifício Arte Deco lindíssimo.
Excerto de "Oh moonlight, softly falling", Acto I, retirado do programa In Tune apresentado por Sean Rafferty na BBC Radio 3
Estúdios da BBC em Portland Place - um edifício Arte Deco lindíssimo.
Excerto de "Oh moonlight, softly falling", Acto I, retirado do programa In Tune apresentado por Sean Rafferty na BBC Radio 3
Romeo and Juliet em Buxton
As duas primeiras récitas do Romeu e Julieta foram em Buxton (Buxton Festival 2007). Buxton é uma vila de província (em Derbyshire) que, nesta altura, alberga um dos maiores, mais interessantes e activos festivais de arte do país. A casa de ópera é uma pequena relíquia. Aqui vão umas fotos.
sábado, 30 de junho de 2007
Birth of Love
My only hope sprung from my only hate!
Too early seen unknown, and known too late!
Prodigious birth of love it is to me
That I must love a loathed enemy.
Lendo os diálogos para a ópera, deparo-me com momentos lindos como este. Por coincidencia, são todos retirados de Shakespeare...
Too early seen unknown, and known too late!
Prodigious birth of love it is to me
That I must love a loathed enemy.
Lendo os diálogos para a ópera, deparo-me com momentos lindos como este. Por coincidencia, são todos retirados de Shakespeare...
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Faltam 2 dias!
Romeo and Juliet
Juliet de Philip H. Calderon
Uma pessoa não se deve queixar quando tem trabalho... Mas quando o cérebro está prestes a explodir (talvez por falta de uso?) devido à overdose de diálogos e música que tem de memorizar de um dia para o outro, aí queixo-me! Eu sei que devia ter começado a trabalhar neste Romeu e Julieta mais cedo, mas sou daquelas pessoas que só se pode concentrar numa produção de cada vez. I'm only human....
Romeo and Juliet de Georg Benda é um singspiel lindíssimo. Mozart considerava Benda como uma das grandes influências na sua própria música e, realmente, há muitas semelhanças. Mas a história não tem grande relação com a de Shakespeare: começa depois dos dois jovens amantes se terem casado e concentra-se principalmente no drama psicológico pelo qual Julieta está a passar e que influencia o seu relacionamento com as outras personagens: a amiga Laura (que não existe em Shakespeare), o seu pai, Romeo e o padre Lawrence. O final é feliz. Na altura de Benda, finais infelizes não faziam sucesso. Julieta bebe a poção que Lawrence lhe dá, Romeo julga que ela está morta e, depois da sua triste ária, Julieta acorda e os dois cantam um dueto de júbilo pela sua re-união.
Coincidências interessantes: Benda foi baptizado a 30 de Junho (o meu dia de anos) de 1722, e a opera foi composta em 1776, duzentos anos antes do meu ano de nascimento!
Uma pessoa não se deve queixar quando tem trabalho... Mas quando o cérebro está prestes a explodir (talvez por falta de uso?) devido à overdose de diálogos e música que tem de memorizar de um dia para o outro, aí queixo-me! Eu sei que devia ter começado a trabalhar neste Romeu e Julieta mais cedo, mas sou daquelas pessoas que só se pode concentrar numa produção de cada vez. I'm only human....
Romeo and Juliet de Georg Benda é um singspiel lindíssimo. Mozart considerava Benda como uma das grandes influências na sua própria música e, realmente, há muitas semelhanças. Mas a história não tem grande relação com a de Shakespeare: começa depois dos dois jovens amantes se terem casado e concentra-se principalmente no drama psicológico pelo qual Julieta está a passar e que influencia o seu relacionamento com as outras personagens: a amiga Laura (que não existe em Shakespeare), o seu pai, Romeo e o padre Lawrence. O final é feliz. Na altura de Benda, finais infelizes não faziam sucesso. Julieta bebe a poção que Lawrence lhe dá, Romeo julga que ela está morta e, depois da sua triste ária, Julieta acorda e os dois cantam um dueto de júbilo pela sua re-união.
Coincidências interessantes: Benda foi baptizado a 30 de Junho (o meu dia de anos) de 1722, e a opera foi composta em 1776, duzentos anos antes do meu ano de nascimento!
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Algumas fotos pós-récitas
terça-feira, 12 de junho de 2007
O Dragão em Berlim
Não tenho internet na Alemanha. Onde é que se viu uma coisa destas? Um hotel para homens e mulheres de negócios sem internet! E sem ar condicionado nos quartos! E estiveram quase 30 graus!! Antes que o meu cérebro derretesse, consegui vir a Londres fazer uma audição, mas volto hoje para Potsdam para os ensaios de produção e récitas no maravilhoso teatrinho do Neues Palais. Entretanto, cá ficam umas fotos dos ensaios com a Akademie für Alte Musik Berlin no centro de artes Radialsystem V, em Berlim.
Tamsin Dalley, Akademie für Alte Musik e Gary Cooper no cravo.
Dan Auchincloss e Michael Bundy no relax.
Nick Warden, obviamente não prestando atenção ao ensaio.
Tamsin Dalley, Akademie für Alte Musik e Gary Cooper no cravo.
Dan Auchincloss e Michael Bundy no relax.
Nick Warden, obviamente não prestando atenção ao ensaio.
domingo, 3 de junho de 2007
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Ficha técnica
The Dragon of Wantley
A burlesque opera by John Frederick Lampe (1703-1751) after a libretto by Henry Carey (1689-1743)
Performances on June 20, 22, 23 and 24
Palace Theatre, New Palace, Sanssouci, Potsdam, Germany
The Dragon - Nicholas Warden
Gubbins - Michael Bundy
Margery - Joana Seara
Mauxalinda - Tamsin Dalley
Moore of Moore Hall - Daniel Auchincloss
Akademie für Alte Musik Berlin
Musical direction: Gary Cooper
Stage direction: Jack Edwards
Stage design: Robin Linklater
Costumes: Ashley Shairp
A co-production of Musikfestspiele Potsdam Sanssouci and Opera Restor’d London
The comic opera of John Frederick Lampe, a born German, was first performed on May 10, 1737 at the Little Theatre in the Haymarket, London. An immediate sensation, it was quickly transferred to Covent Garden. It was such a success that it held the stage for nearly 50 years and thus became the most popular comic opera after the »Beggar's Opera« in 18th century England. »The Dragon of Wantley is also a great parody of the Italian operatic staging, revealing supreme mastery. It is very »English«, at the same time very »down-to earth«, and full of British humour. It can also be read as a satire on contemporary politics and moral conditions.
The Dragon of Wantley
Ilustração de Blanche McManus
"Have you not heard how the Trojan horse
Held seventy men in his belly?
This dragon was not quite so big,
But very near, I'll tell ye;
Devoured he poor children three,
That could not with him grapple;
And at one sup he ate them up,
As one would eat an apple."
retirado de The Dragon of Wantley, escrito por um poeta anónimo do século XVII.
Este texto foi a base do libretto de Henry Carey. E está a dar cabo da minha cabeça!!! Vim a descobrir (no primeiro dia de ensaios) que, para além do meu papel, também tenho de aprender os coros. Resultado: 4 dias para aprender e decorar 6 coros longos e cheios de palavrinhas chatas de cantar e difíceis de memorizar! Isto porque a nossa produção não tem Coro. Está tudo a apertar o cinto.
"Have you not heard how the Trojan horse
Held seventy men in his belly?
This dragon was not quite so big,
But very near, I'll tell ye;
Devoured he poor children three,
That could not with him grapple;
And at one sup he ate them up,
As one would eat an apple."
retirado de The Dragon of Wantley, escrito por um poeta anónimo do século XVII.
Este texto foi a base do libretto de Henry Carey. E está a dar cabo da minha cabeça!!! Vim a descobrir (no primeiro dia de ensaios) que, para além do meu papel, também tenho de aprender os coros. Resultado: 4 dias para aprender e decorar 6 coros longos e cheios de palavrinhas chatas de cantar e difíceis de memorizar! Isto porque a nossa produção não tem Coro. Está tudo a apertar o cinto.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
quarta-feira, 16 de maio de 2007
domingo, 13 de maio de 2007
segunda-feira, 7 de maio de 2007
The Edwardians
Não sei o que me deu ontem à noite, que não tinha sono. Ou foi das gambas ou do chili... Mas, felizmente, a BBC passa coisas interessantes às 4 da manhã. Integrados num ciclo de programas chamado The Edwardians, a BBC tem mostrado uma série de documentários que têm, como uma das fontes, um arquivo fotográfico de um banqueiro milionário francês, Albert Kahn. No início do século XX, este senhor mandou fotógrafos para mais de 50 países para que, utilizando a ainda muito jovem técnica de fotografia a côr, fotografassem pessoas e costumes de todo o mundo. O seu "Arquivo do Planeta" tem mais de 72.000 fotografias e cerca de 100 horas de filme datados de 1908 a 1930. Tinha o maravilhoso e ambicioso intuito de promover a paz mundial e tolerância para com os hábitos e tradições dos outros povos.
Ver o Rio de Janeiro a cores, sem favelas e com "meia dúzia" de casas coloniais, ou filmes mostrando a graciosidade e destreza das mulheres chinesas a trabalhar nos campos com os seus pés ligados, fez essas pessoas não existentes há um século tão reais e vivas que até me vieram as lágrimas aos olhos. Bom, podia ser da hora tardia...
Actores, Hanoi (Vietnam), 1915 © Musée Albert Kahn
Mulher a trabalhar, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn
Mulher e criança, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn
Na Alemanha, foram recentemente encontradas mais de duas dezenas de gravações de vozes de homens comuns, prisioneiros de guerra britânicos da 1ª Guerra Mundial, a ler textos e a cantar canções das suas terras. As suas vozes revelam, para além de pronúncias fortes com sons por vezes inesperados, algum medo, hesitação, emoção e até mesmo desafio e rebeldia. (Uma das vozes revela também uma excelente voz de tenor, quase haute-contre de tão aguda!)
Bom, isto foi o que estive a ver até às 4 da manhã. Umas horas depois fui acordada com a campaínha e perguntaram-me se, por acaso, vivia alguém aqui que falasse português. Já o ano passado foi a mesma coisa... Como é que souberam que aqui vive uma portuguesa? Mas já sei para o que é: querem falar sobre Deus. Ou são Jeovás ou de alguma igreja brasileira tipo IURD, o que é bastante irritante porque a minha "noite" de sono é preciosa!
Ver o Rio de Janeiro a cores, sem favelas e com "meia dúzia" de casas coloniais, ou filmes mostrando a graciosidade e destreza das mulheres chinesas a trabalhar nos campos com os seus pés ligados, fez essas pessoas não existentes há um século tão reais e vivas que até me vieram as lágrimas aos olhos. Bom, podia ser da hora tardia...
Actores, Hanoi (Vietnam), 1915 © Musée Albert Kahn
Mulher a trabalhar, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn
Mulher e criança, Galway (Irlanda), 1913 © Musée Albert Kahn
Na Alemanha, foram recentemente encontradas mais de duas dezenas de gravações de vozes de homens comuns, prisioneiros de guerra britânicos da 1ª Guerra Mundial, a ler textos e a cantar canções das suas terras. As suas vozes revelam, para além de pronúncias fortes com sons por vezes inesperados, algum medo, hesitação, emoção e até mesmo desafio e rebeldia. (Uma das vozes revela também uma excelente voz de tenor, quase haute-contre de tão aguda!)
Bom, isto foi o que estive a ver até às 4 da manhã. Umas horas depois fui acordada com a campaínha e perguntaram-me se, por acaso, vivia alguém aqui que falasse português. Já o ano passado foi a mesma coisa... Como é que souberam que aqui vive uma portuguesa? Mas já sei para o que é: querem falar sobre Deus. Ou são Jeovás ou de alguma igreja brasileira tipo IURD, o que é bastante irritante porque a minha "noite" de sono é preciosa!
terça-feira, 1 de maio de 2007
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